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Morte súbita tem como causa principal as arritmias cardíacas

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No Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita (12/11), o Hospital do Coração Anis Rassi receberá seus pacientes com ações de autocuidados, orientações e esclarecimentos pertinentes

As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no mundo, comprometendo aproximadamente 17,5 milhões de pessoas todos os anos. No Brasil, cerca de 320 mil vão a óbito por ano, por conta de uma alteração cardiológica específica, caracterizada pela “desordem” do ritmo cardíaco: as arritmias cardíacas.

De acordo com a Sociedade Brasileira   de Arritmias Cardíacas (Sobrac), este descompasso no coração acomete mais de 20 milhões de pessoas no País. Um em cada dez brasileiros tem algum tipo de arritmia.

Quando não diagnosticada e tratada corretamente, a arritmia cardíaca pode provocar desmaios, desgaste maior do coração e até morte súbita.

De um modo geral, qualquer pessoa pode ser diagnosticada com arritmia cardíaca, relata o arritmologista do Hospital do Coração Anis Rassi (HCAR), Sérgio Gabriel Rassi, independentemente de faixa etária, sexo ou condição física e socioeconômica. “As arritmias cardíacas podem acometer recém-nascidos, jovens saudáveis e mesmo esportistas, assim como pacientes já portadores de outras cardiopatias. Algumas delas, como a fibrilação atrial, tem incidência maior em idosos, mas a cada dia ganha mais espaço em pessoas mais jovens”, explica.

Segundo o cardiologista, a maioria das vítimas de parada cardíaca são pessoas em idade ativa, que enfrentam normalmente seu dia a dia e, de repente, desencadeado por estresse ou esforço físico excessivo, podem sofrer “mal súbito”.

Cerca de 86% das paradas cardíacas ocorrem nos próprios lares das vítimas. “A cada minuto que se passa sem o socorro devido, a chance de uma vítima se recuperar diminui em 7 a 10%. A morte cerebral e a morte permanente ocorrem entre 4 e 6 minutos após a parada cardíaca. Poucas tentativas de ressuscitação são bem sucedidas após 10 minutos”, adverte o médico.

No entanto, conforme explica Rassi, a morte súbita também pode ser revertida quando o indivíduo comum estiver apto à realização de manobras simples de ressuscitação cardiopulmonar ou possuir um desfibrilador externo automático (DEA) a seu alcance.

O médico aponta que algumas medidas simples, como controle do estresse, baixa ingestão de cafeína e não abuso alcoólico, além de prática rotineira de atividades físicas, como uma simples caminhada, podem ajudar na prevenção das arritmias cardíacas.

E faz o alerta para a importância dos check-ups regulares, principalmente entre os indivíduos que já apresentam algum sintoma de origem cardíaca (desmaios, batedeira, dor no peito). “Ir ao médico antes de iniciar qualquer programa de atividade física é outra forma de evitar problemas, já que não é incomum presenciar casos de morte súbita durante a prática de esportes”, destaca.

A comerciante Rita Cristina Carvalho da Costa, 51 anos, sofreu com a arritmia por vários anos. Nos últimos três meses apresentou uma piora intensa com palpitações, tonturas e mal estar. Seus batimentos cardíacos chegavam em 253 por minuto. Foi diagnosticada como taquicardia (também hipertensa). Realizou o procedimento de “ablação por cateter com radiofrequência” (micro cauterização intracardíaca do circuito arritmogênico, responsável pela taquicardia, por técnica transcateter endovenoso ou arterial) em junho desse ano. “Eu não sinto mais nenhum incômodo, foi como tirar com a mão”, declara.

Rita reside em Jataí, mas viaja regularmente à Goiânia para tratar a hipertensão, que requer cuidados permanentes. “Minha mãe hoje tem uma rotina de vida normal e saudável”, declara o filho de Rita, Onaldo José da Costa Filho, 32 anos.

A doença – As arritmias cardíacas são alterações elétricas que provocam irregularidades no ritmo das batidas do coração. Elas podem acelerar (taquicardia) ou fazer o coração bater mais devagar que o normal (bradicardia). Ou, ainda, apresentar ambas as irregularidades. “Algumas arritmias são congênitas, provocados por curtos circuitos elétricos anômalos e em outras adquiridas, quando já existe uma doença de base, geralmente do músculo ou das artérias do coração”, comenta o arritmologista Sérgio Gabriel Rassi. A pessoa pode sentir palpitações, cansaço excessivo ao fazer esforço e, eventualmente, sofrer desmaios. Mas também há casos em que não há sintoma algum e a morte súbita aparece como primeira manifestação.

Semana da Prevenção à Arritmia e Morte Súbita – Visando orientar a população sobre a doença e quais os principais cuidados devem ser tomados, no dia 12 de novembro, Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita, o Hospital do Coração Anis Rassi irá realizar ações de sensibilização em toda a instituição, tais como, palestras e treinamentos in loco para os pacientes e colaboradores.

Delson Carlos

Delson Carlos - Formado em Marketing pela UniCambury e pós-graduado em Comunicação Digital. Assessor de imprensa e começou a sua carreira como colunista social nos jornais: A Hora, Jornal da Imprensa, Jornal Diário do Estado de Goiás, e a quase duas décadas está a frente da coluna social “Delson Carlos” do Jornal Diário de Aparecida e editor da Revista Class e do Portal Class News.

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