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“Mais mulheres nos espaços de poder”, propõe primeira-dama Gracinha Caiado

Há mais de 30 anos ao lado do governador Ronaldo Caiado, a presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais do Estado de Goiás, Gracinha Caiado, fala sobre sua missão ao lado do chefe do Executivo estadual e o que vislumbra do futuro de sua vida pública

Por Delson Carlos

A primeira-dama Gracinha Caiado é uma das mais proativas da história do Palácio das Esmeraldas. Ao lado do governador Ronaldo Caiado, ganhou presença obrigatória no palco central do poder em Goiás, porém desdobrando-se com afinco na coordenação dos programas sociais mais abundantes e mais abrangentes de todos os tempos, com prêmios nacionais e internacionais. Gracinha é presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais do Estado de Goiás. Incansável nas suas atividades diárias, viaja pelo Estado, entrega benefícios sem conta a famílias vulneráveis e ainda representa Caiado em eventos e inaugurações de obras.

Não à toa é cogitada como candidata a senadora em 2026, embalada pelo dinamismo e força com que transita por todas as classes sociais, bem acolhida e bem recebida como uma liderança natural e espontânea.

Ouvida pelo site Class News, a primeira-dama fala com humildade e objetividade sobre as suas atribuições e a concepção e operação do Goiás Social, o amplo e poderoso projeto de amparo aos segmentos menos favorecidos da população goiana. Ela resume que “esse é o caminho que vamos seguir até o último dia de Ronaldo no governo. Não vamos deixar de trabalhar por cada um dos 7 milhões de goianos nos 246 municípios do Estado”.

“Nós estamos prontas para mudar o mundo”

Delson Carlos – Para começar, uma pergunta genérica, mas difícil pela simplicidade: como a senhora enxerga o papel da mulher na política?
Gracinha Caiado – Eu conheci Ronaldo Caiado na luta pela propriedade privada. Eu estava na diretoria da UDR [União Democrática Ruralista], da Bahia, há mais de 30 anos, em uma época em que a mulher não participava de praticamente nada, especialmente no agro. Naquela época, eu era a única mulher da executiva nacional e participava dos debates em ambientes que praticamente eram apenas compostos por homens. Hoje, décadas depois, sabemos que as mulheres ainda são minoria nos espaços de poder, mas acredito que essa é uma realidade que vem mudando. De qualquer maneira, para mim, o mais importante é que, quando nós nos fazemos presentes, exercemos nossa função com competência e determinação. Não somos melhores nem piores que os homens, somos diferentes no nosso modo de agir, de trabalhar e de fazer acontecer. Temos uma contribuição de excelência a prestar e não podemos nos furtar de correr atrás e ir em busca do nosso espaço, especialmente neste momento em que o Brasil tanto precisa da boa política.

DC – Qual a importância de a mulher assumir cada vez mais um papel de protagonismo?
GC – O protagonismo feminino é a expressão máxima da capacidade das mulheres de assumirem o controle de suas próprias vidas, de liderarem seus destinos e de influenciarem positivamente o mundo ao seu redor. Trata-se não apenas de ocupar espaços anteriormente negados, mas de fazer uma diferença significativa nesses espaços. Hoje, tenho cada vez mais certeza de que temos tudo que precisamos para mudar essa realidade em que estamos, com forças para mudar o mundo. Os espaços de poder precisam, sim, ser ocupados por mais mulheres, mas não por uma questão de obrigação, ou apenas para cumprir uma lei. Em Goiás, o governador tem em seu governo muitas secretárias mulheres, fazendo um trabalho excepcional. Assim como todo o secretariado, elas foram escolhidas por seu currículo, sua competência e assim elas têm trabalhado nos últimos mais de cinco anos.

“Deus e família são os meus principais pilares”

Delson Carlos – E como a senhora enxerga esse papel feminino enquanto primeira-dama? Em sua avaliação, qual é o papel de uma primeira-dama?
Gracinha Caiado – Esta é a pergunta que eu fiz a mim mesma nos primeiros dias do governo e é uma pergunta que eu sempre tenho feito ao longo desses quase seis anos de governo. O que eu sabia é que eu precisava trabalhar e assim começamos. Mas não estive sozinha. Nesta trajetória, eu estive ao lado dos nossos professores da Gerência Social, da OVG, que me muniram de conhecimento técnico sobre a Assistência Social, e também ao lado das primeiras-damas e das secretárias de Assistência Social de todos os 246 municípios goianos. Esse trabalho em parceria foi essencial para que possamos avançar. Hoje, eu entendo que uma primeira-dama pode estar onde ela quiser. Eu tenho amigas dos municípios que são secretárias de Saúde, de Educação, de Assistência… E têm aquelas que não desejam trabalhar na gestão pública, e está tudo bem também. Alguns, pelos mais variados motivos, não querem que tenhamos função alguma. Mas eu posso dizer que só tenho um objetivo, que é colaborar para que o Governo Ronaldo Caiado seja motivo de orgulho para todos os 7 milhões de goianos. Sou uma voluntária no governo de Goiás, mas estou integralmente comprometida com o governador e com a mudança que fazemos na vida das pessoas.

DC – Quais são os principais pilares da primeira-dama de Goiás?
GC – Acredito que Deus e a família são os principais pilares que tenho comigo. A minha fé é muito grande e me guia todos os dias, me fortalecendo para seguir frente aos desafios do cotidiano. E a minha família é o lugar em que posso descansar. Estar com minhas filhas, Maria e Marcela, é o que mais gosto de fazer, elas são meu refúgio.

DC – O que a senhora tira de aprendizado desses mais de 5 anos e meio como primeira-dama?
GC – Olha, quando Ronaldo pegou o governo, em 2019, nós tínhamos uma missão: cuidar da vida das pessoas, enquanto recuperávamos o Estado, que foi deixado às traças pela antiga gestão estadual, com dívidas enormes e com salários atrasados. Não foi uma caminhada fácil. Em meio a essa jornada, ainda enfrentamos uma pandemia sem precedentes e tão trágica. Então, o que tiro de aprendizado é que com trabalho sério e responsabilidade com o dinheiro público conseguimos, sim, fazer mais pelas pessoas, mesmo com todas as dificuldades. Pegamos este Estado em um cenário de terra arrasada e colocamos ele no topo.

“Candidatura? Primeiro, temos que vencer em 2024”

DC – Por falar nisso, o Governo Ronaldo Caiado segue sendo o mais bem avaliado do País. Como recebem essa notícia?
GC – Com muita felicidade, mas também com muita responsabilidade. Responsabilidade por saber que este é o caminho que vamos seguir até o último dia de Ronaldo no governo. Não vamos deixar de trabalhar por cada um dos 7 milhões de goianos nos 246 municípios do Estado.

DC – Como Goiás conquistou destaque nacional com os seus programas sociais?
GC – Um Estado só vai bem quando as pessoas vão bem. E, para isso, todas as áreas do governo precisam estar trabalhando em conjunto. Hoje, estamos no topo quando o assunto é segurança, saúde, educação… e, claro, o nosso social. O governador estabeleceu que nós tínhamos a missão de romper o ciclo da pobreza. Para tanto, oferecemos ao cidadão em vulnerabilidade social as ferramentas para que ele possa se emancipar e andar com as próprias pernas. E é isso que temos feito, seja por meio de ações de incentivo à profissionalização, capacitação e educação em geral, como também ao emprego, que, sempre digo, é o melhor programa social que podemos oferecer. Ronaldo Caiado, seja como médico ou político, trabalha para cuidar de vidas. Esse é o legado que ele quer deixar para Goiás. Ronaldo Caiado trabalha com foco na vida dos mais de 7 milhões de goianos. Essa é a missão que ele passa a mim e a toda sua equipe todos os dias.

DC – Gracinha, para finalizar, não posso deixar de perguntar: a senhora irá concorrer por Goiás nas próximas eleições ao Senado Federal?
GC – Minha trajetória na política sempre foi junto à de Ronaldo. Seja na Câmara ou no Senado, e agora no governo, sempre estive ao lado dele, colaborando da forma que posso. Nunca exerci cargo político, nunca fui candidata a nada. O meu caminho sempre foi junto a Ronaldo e é isso que tenho feito. Mas não podemos suprimir etapas: primeiro temos que trabalhar para as eleições municipais de 2024, depois pensar em 2026. Para uma campanha ao Senado ter sucesso, é preciso que a eleição dos prefeitos seja bem-sucedida.

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