Moda

Não basta ser bonito para entrar no mundo da moda. Ter atitude é fundamental

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Modelo internacional Valmor Becker critica a banalização da profissão e afirma que outros predicados são requisitos para  se ter sucesso na carreira

Monopólio das mulheres, a profissão de modelo está se expandindo no mundo masculino. De alguns anos para cá, os modelos homens passaram de uma posição profissional, cercada por suposições relacionadas à orientação sexual, para um nível de reconhecimento e admiração na sociedade.

Milhares de jovens rapazes buscam ingressar no competitivo universo da moda, mas não basta ter perfil, ou seja, rosto e corpo bonitos e nos padrões exigidos. “Existem características e perfis comuns nos modelos masculinos bem sucedidos, mas atitude, responsabilidade, educação e ética são outros pontos que se destacam no cenário fashion e que nos últimos anos contam muito para o sucesso na carreira”.

A afirmação é do modelo internacional Valmor Becker. De acordo com ele, é certo que a beleza está muito relacionada com o mundo da moda, mas atualmente, o conceito mudou, e nem sempre uma pessoa bonita será modelo e também um modelo não precisa ser necessariamente bonito. Para Becker, “ser modelo é ter atitude, ter responsabilidade, ser educado, ser ético, saber se comportar diante os outros, ser bonita, muitas vezes, não vão ajudar a pessoa, independente de gênero, raça, posição social, a chegar onde quer”.

Becker afirma que a maioria das pessoas têm a percepção que modelos devem ser sempre altos, fitness e bonitos, perfeição física. E essa visão banalizou a profissão, principalmente com o advento das redes sociais e o fácil acesso à tecnologia. “Parece que todo mundo virou modelo, muitas pessoas se autodenominam ‘modelo’ por serem apenas bonitas”.

A profissão de modelo é muito séria, é preciso estar muito consciente da concorrência acirrada e ter certeza se é a carreira que quer abraçar. “Dar os primeiros passos na profissão é muito difícil, principalmente, escolher qual caminho seguir”, frisa Becker. Modelos masculinos podem trabalhar nas passarelas representando marcas, fotografar para catálogos e publicidade e outros nichos. “Devem ter a mente aberta e dispostos a assumir, por exemplo, usar maquiagem, e manter hábitos saudáveis para garantir a saúde física e mental. Precisam trabalhar muito a autoestima e a ansiedade para enfrentar os desafios”.

O início é complexo, admite Becker, destacando que os modelos masculinos estão conseguindo ampliar um espaço tradicionalmente feminino. “Mas, como disse, além da beleza física, outros predicados estão ganhando mais destaque e força na profissão de modelo”.

Sobre Valmor Becker – modelo de 34 anos. Conheceu as passarelas aos 11 anos ao desfilar para algumas lojas no Rio Grande do Sul, onde mora desde 1 anos de idade. Aos 16 foi para São Paulo e mesmo convidado para ser modelo de agências famosas, priorizou os estudos. Formou-se em Direito e tem pós-graduação em gestão empresarial. Aos 27 anos, volta ao mundo fashion pelas mãos de uma agência de São Paulo. Em seu portfólio tem desfiles para Camargo Alfaiataria, Redley, Chili Beans, Blueman, Sumemo, Colcci, Calvin Klein e para a marca de joias e relógios Cartier. Também desfilou na Fashion Week do Chile e lá fez uma campanha para a Diadora, além de dois editoriais de moda para a revista GO Where Business e para a chilena Issue. Em 2016 atuou em publicidade de lançamento do Fusion da Ford.

Delson Carlos

Delson Carlos - Formado em Marketing pela UniCambury e pós-graduado em Comunicação Digital. Assessor de imprensa e começou a sua carreira como colunista social nos jornais: A Hora, Jornal da Imprensa, Jornal Diário do Estado de Goiás, e a quase duas décadas está a frente da coluna social “Delson Carlos” do Jornal Diário de Aparecida e editor da Revista Class e do Portal Class News.

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