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“Governamos para quebrar desigualdades regionais”, destaca Ronaldo Caiado

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Foto: Júnior Guimarães

Em entrevistas, governador falou das principais ações e conquistas de seu primeiro ano de gestão. Citou o pagamento das dívidas herdadas e o empenho de servidores e da sociedade na recuperação do Estado, além de esclarecer sobre a revisão na concessão de benefícios fiscais: “Temos que entender que o mundo é outro e o que temos que trazer é modernidade. Incentivos valeram há 30 anos. Hoje, a competitividade vem da inovação, a exemplo das startups”

O governador Ronaldo Caiado rechaçou o argumento de que a redução na concessão de incentivos fiscais por parte do Governo possa afastar indústrias ou prejudicar a geração de empregos. Este foi um dos questionamentos feitos ao governador em entrevistas aos veículos da Organização Jaime Câmara (TV Anhanguera, jornal O Popular e Rádio CBN), nas quais Caiado fez o balanço de seu primeiro ano de governo. “Este discurso já vem desde o começo do ano, quando cortei R$ 1 bilhão. De lá pra cá, alguma indústria foi embora de Goiás?”, rebateu Caiado, que continuou: “Nós implantamos mais 61 indústrias no Estado. Goiás é líder no Centro-Oeste no número de empregos e é o Estado com maior perspectiva de crescimento”, apontou.
O governador afirmou que o grande entrave atual para o desenvolvimento econômico do Estado é a questão elétrica. “Goiás tem uma demanda reprimida de energia elétrica. Ninguém quer instalar uma indústria que funcione à base de gerador”, frisou. Caiado defendeu o Estado não pode abrir mão de sua arrecadação para favorecer determinados grupos em detrimento de 7 milhões de goianos, muitos dos quais não têm sequer acesso a leito de UTI e hemodiálise em cidades do interior. “Temos que entender que o mundo é outro e o que temos que trazer é modernidade. Incentivos valeram há 30 anos. Hoje, a competitividade vem da inovação, a exemplo das startups”, apontou.
Caiado reforçou que o governo não irá abrir mão do Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (Protege Goiás), fundamental para manutenção dos programas sociais, e criticou as recentes declarações do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel. “O dinheiro não é deles. É do Estado, do povo. A pessoa quer usurpar daquilo, como se fosse propriedade dele. Eles ‘vendem’ uma fábrica, e eu ‘vendo’ o incentivo fiscal do Estado. É imaginável uma situação destas – pegar dinheiro do governo e fornecer ‘crédito-moeda?”. Caiado seguiu: “incentivo fiscal é para reduzir desigualdades regionais. Algumas destas indústrias foram se instalar no Nordeste goiano?”, questionou. O governador reiterou que o Governo de Goiás não irá criar ilhas de desenvolvimento. “Vou governar para pra quebrar desigualdades regionais”, assegurou.
Regionalização da saúde
Superar desigualdades e regionalizar serviços com qualidade também foi um dos pontos positivos destacados pelo governador Ronaldo Caiado no que tange à área da Saúde. Ele recapitulou que, só nesta área, herdou uma dívida de R$ 646 milhões. Destacou as economias que alcançou com medidas como a revisão de contratos com as organizações sociais (OS’s), o que permitiu, entre outras coisas, disponibilizar 59 leitos de UTI’s em cidades do interior. “Encerramos 2019 com todos os repasses em dia, sem deixar R$ 1 em dívidas. Isso se chama gestão, transparência. Quando não se tem corrupção, o dinheiro multiplica”, pontuou o governador. Para 2020, assegurou que os avanços vão prosseguir, especialmente com a inauguração da primeira policlínica, em fevereiro do ano que vem. “Já temos um atendimento diferenciado. Mais de 10 mil cirurgias já foram feitas. Vamos fazer aos poucos e os resultados vão aparecendo”, garantiu.
Caiado também entrou em temas importantes, como a recuperação da Saneago, especialmente com a recente renovação do contrato com a Prefeitura de Goiânia. “Só em Goiânia, em cinco anos, estão previstos investimentos de R$ 1,5 bilhão. E também vamos fazer com que a água chegue ao entorno do Distrito Federal. Em cidades como Valparaíso e Luziânia, a população vê á água sair de Corumbá 4 e chegar a Brasília, mas não tem em suas próprias casas. Essa situação tem que mudar!”, ressaltou. Sobre a abertura da estatal ao mercado financeiro, Caiado assegurou que o Estado permanecerá responsável pela gestão e proprietário de 51% das ações. “Estamos deixando claro que a propriedade, a gestão, é do governo do Estado de Goiás. É o governador que indica o presidente e toda a diretoria”, pontuou.
Sobre o projeto que prevê a encampação da Enel Distribuição Goiás, Caiado foi categórico: “Vão ter que respeitar Goiás. Não admito decisões serem tomadas em Roma. Aqui agora tem governador, e ele se chama Ronaldo Caiado. Não admitirei que tratem Goiás como um Estado acessório”, reforçou, afirmando que não abrirá mão das prerrogativas de direito recorrente, garantidas ao governador pela Constituição Federal. “Se a Enel tivesse um compliance sério, ela teria sido aprovada para compra da Celg. Se você for um industrial e quiser montar uma indústria aqui em Goiás, eles só vão dar autorização para 2023 ou 2024. Agora pergunto: cabe a mim, como governador, lavar as mãos, só por que tem um contrato?”, questionou Caiado.
Outro ponto ressaltado foi o novo quadro da Segurança Pública que os goianos já usufruem em seu dia a dia. Caiado destacou que os índices que tornaram as polícias goianas referência nacional foram obtidos mesmo sem o aumento de uma viatura e soldado sequer. “Já foram apreendidas 50 toneladas de drogas e 170 quadrilhas desbaratadas”, apontou. A adesão ao Regime de Recuperação Fiscal e os meios para restabelecer as condições fiscais do Estado também foram outros pontos abordados por Caiado.
Servidores públicos
O governador elogiou enfaticamente o apoio que recebeu dos servidores estaduais e falou de como está empenhado em sua valorização. “Fui o único governador do País que pagou 14 folhas e meia. Agora, no final do ano, os servidores todos terão seus salários pagos dia 23 e já pedi a minha secretária da Economia que providencie para 2020 a correção monetária para todos aqueles que tiveram seus salários de novembro e dezembro de 2018 atrasados. Isso é respeito com os servidores”, destacou. Também agradeceu a confiança que a população de Goiás tem depositado em sua administração. “O cidadão vê que em nossa gestão o dinheiro está corretamente aplicado. Estamos dando o bom exemplo, essa é a diferença do nosso governo. São muitas dificuldades e realmente não tenho o dom de multiplicar dinheiro. Tenho o dom de fazer, com transparência e boa gestão, a melhoria da qualidade de vida das pessoas”, frisou.
Para 2020, Caiado falou das perspectivas de grandes avanços para Goiás.  “Quando entregar o Estado, daqui três anos e 12 dias, o goiano vai sentir o quanto uma gestão honesta, transparente, de bons gestores, é capaz de realizar. Eu tenho uma vida na política, mas também trabalho com um secretariado técnico e altamente qualificado. Não se governa sozinho e com improviso. Se governa com equipe altamente preparada, e é isso que implantamos: gestão, transparência e a boa gestão do dinheiro público. Aí a gente multiplica as obras necessárias no Estado”, finalizou.

Delson Carlos

Delson Carlos - Formado em Marketing pela UniCambury e pós-graduado em Comunicação Digital. Assessor de imprensa e começou a sua carreira como colunista social nos jornais: A Hora, Jornal da Imprensa, Jornal Diário do Estado de Goiás, e a quase duas décadas está a frente da coluna social “Delson Carlos” do Jornal Diário de Aparecida e editor da Revista Class e do Portal Class News.

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