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Sobe o número de posse de armas para defesa pessoal em Goiás

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Posse de arma para defesa pessoal concedida pela PF subiu de 17.781, no fim do ano passado, para 22.120 em setembro deste ano em Goiás

A quantidade de armas registradas por pessoas físicas em Goiás, cuja a justificativa é defesa pessoal, aumentou 24,4% de dezembro do ano passado, quando havia 17.781 registros, até setembro deste ano. Os dados são do Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal (PF), repassados via Lei de Acesso à Informação (LAI). Com o banco de dados do Exército Brasileiro, o Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), que também realiza registros de armas, o aumento pode ser ainda maior.

Para o presidente do Conselho Empresarial de Segurança Pública da Fecomércio-GO e vice-presidente do Sindicato de Empresas de Segurança Privada do Estado de Goiás (Sindesp-GO), Ivan Hermno Filho neste momento, o Brasil vive uma queda de braços entre o Poder Executivo, que quer facilitar o porte de armas e o Poder Legislativo que não está propenso à concedê-lo.

“O porte de armas é uma promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro, que garantiu facilitar esse porte para cidadãos comuns de bem. Mas o que tem acontecido nesses últimos decretos presidenciais, trata da posse de arma que já era possível tirar na legislação anterior, mas com mais dificuldades. Um exemplo que facilitou a permissão de armamentos foi a questão de uma nova legislação que saiu há pouco tempo, que permite que proprietários de terras possam trafegar por toda propriedade rural com suas armas legitimamente compradas, diferente do que existia anteriormente, em que era somente permitido ele ter a arma restrita à sede da fazenda”, descreve Ivan.

Ele acredita que com isso, muito ser melhorou para a população que tem propriedades rurais. De acordo com Ivan, por outro lado, ainda é muito difícil a concessão do porte, sendo que a Polícia Federal (PF) é quem decreta quem pode ou não ter esse direito. “Por conta dessa dificuldade, o que tem causado esse aumento, é que as pessoas buscam o registro como colecionadores e atiradores esportivos, e esse registro, diferente do porte que é feito na PF, é concedido pelo Exército Brasileiro”, explica.

Ivan ressalta que esse aumento ainda está muito longe do que foi a promessa do presidente, que seria o porte de arma definitivo, e, por isso,  ele acredita que neste contexto de permissão ainda tem muito vá demorar muito para acontecer justamente por conta da briga entre os Poderes Executivos e Legislativos.

“Os benefícios e malefícios desse aumento são que, para as pessoas de bem, que podem andar armadas, acabam ficando em desvantagem, pois o que  vimos e o que o governo falhou, foi quando tentou desarmar a população e não conseguiu desarmar os bandidos. O ideal em uma sociedade perfeita seria que todas as pessoas estivessem desarmadas, infelizmente não é assim que acontece. O melhor seria que, enquanto criminosos andam armados, as pessoas de boa índole também deveriam ter o direito de se defenderem, que seja na segurança privada, por exemplo, que faz o papel de proteger em locais públicos ou privados como em shoppings, eventos, supermercados, etc. Tenho certeza que estes números aumentarão ainda mais, pois as pessoas estão buscando outra forma de proteção própria”, acredita o presidente.

Delson Carlos

Delson Carlos - Formado em Marketing pela UniCambury e pós-graduado em Comunicação Digital. Assessor de imprensa e começou a sua carreira como colunista social nos jornais: A Hora, Jornal da Imprensa, Jornal Diário do Estado de Goiás, e a quase duas décadas está a frente da coluna social “Delson Carlos” do Jornal Diário de Aparecida e editor da Revista Class e do Portal Class News.

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