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Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, celebrado em 10 de novembro, foi criado para educar, conscientizar e prevenir a população
A perda auditiva é uma das deficiências mais comuns na população brasileira. Por isso, no Brasil, em 10 de novembro, é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, para conscientizar as pessoas sobre a importância de manter cuidados diários com a audição.
A data foi instituída pela Portaria de consolidação MS nº 1/2017, art 527, como símbolo de luta cujo propósito principal é educar, conscientizar e prevenir a população para os problemas causados na surdez. Aproximadamente 5,8 milhões de pessoas foram diagnosticadas com algum grau de surdez no Brasil.
A surdez pode ter diferentes graus, tipos, ser congênita ou adquirida e afetar pessoas de qualquer idade. Os prejuízos são diversos, na maioria das vezes, provocam alterações na comunicação, trazendo grande impacto na saúde e qualidade de vida.
O Novembro Laranja é uma iniciativa que existe desde 2006, com o intuito de se discutir sobre o zumbido e apoiar pessoas que sofrem com esse sintoma. Estima-se que cerca de 15% dos adultos tenham zumbido, sendo ainda mais comum em pessoas acima dos 60 anos.
A otorrinolaringologista Juliana Caixeta ressalta que é muito comum que as pessoas com zumbido ouçam que “não há tratamento”, o que não é verdade. A médica alerta que existem muitos equívocos e que o cuidado com a audição deve ser realizado com acompanhamento profissional.
“É possível melhorar os sintomas e a qualidade de vida com diversas modalidades terapêuticas. O cuidado com a audição deve ser realizado procurando um profissional capacitado para prevenir, diagnosticar e tratar os diferentes tipos e graus de perda auditiva, bem como aspectos relacionados a dificuldades de fala e linguagem”, pontua.
Além do zumbido, a campanha também destaca atualmente outros sintomas auditivos, como a misofonia, que é o desconforto causado por certos tipos de sons, como a mastigação por exemplo; e a hiperacusia, desconforto a ruídos altos percebido apenas pela pessoa e não pelos outros que estão expostos ao mesmo ruído.
Juliana Caixeta explica que é possível tratar destes e outros problemas auditivos, mas que para isso é fundamental a orientação profissional. “Entendemos que a informação é fundamental para que os pacientes procurem ajuda e possam viver com mais qualidade de vida”, ressalta a especialista.