Gastronomia

Azeite de oliva: nutricionista responde as principais dúvidas e ensina receitas com o óleo

Class News

Renata Guirau nutricionista do Oba Hortifruti dá dicas de como escolher, quais são as melhores formas de inserir o azeite na alimentação e os benefícios do consumo. Especialista ainda ensina receitas onde o óleo é o protagonista do sabor: molho pesto, azeite aromatizado e manteiga de azeite

Se existe um ingrediente que sempre está presente na cozinha, é o azeite de oliva! Prático e versátil, esse óleo é um dos itens mais utilizados na hora de agregar aroma e sabor nas mais variadas receitas. Para quem tem dúvidas sobre qual azeite escolher, como acrescentar na alimentação e como esse alimento pode beneficiar a saúde, a nutricionista do Oba Hortifruti, Renata Guirau, responde aos questionamentos que mais escuta no consultório.

Ao final, a profissional também ensina receitas simples nas quais o azeite ganha todo o destaque no prato: molho presto, azeite aromático e até uma manteiga de azeite. Confira!

1. Quais são os benefícios do consumo do azeite?

Renata: “Assim como outros tipos de óleos vegetais, o azeite é livre de colesterol ruim (LDL) e fonte de gorduras monoinsaturadas e polinsaturadas (incluindo o ômega-9). O consumo auxilia no controle sérico de colesterol, ajuda a proteger a saúde cardiovascular e também a reduzir a inflamação do organismo”.

2. O azeite é mais saudável que outros tipos de óleo?

Renata: “Como mencionado anteriormente, o azeite é um tipo de gordura que deve fazer parte da nossa alimentação. Entretanto, ele sozinho não fornece todos os ácidos graxos essenciais que precisamos. Por isso, a recomendação é incluir outros tipos de gordura na dieta, principalmente o ômega-3 dos peixes. De qualquer forma, podemos considerar que é mais saudável que outros óleos vegetais, como o de soja e o de canola”. 3. Qual a diferença entre os tipos virgem, extravirgem e refinado? Como escolher a melhor opção?

Renata: “O que difere é, principalmente, o teor de acidez permitido em cada tipo. O azeite refinado pode ter acidez maior que 2%. É um produto geralmente obtido de azeitonas de qualidade inferior, sem padronização de sabor e que, por isso, precisa passar por refinamento industrial para a padronização das características sensoriais. Já o azeite virgem deve ter acidez entre 1% e 2%. Ele deve ser extraído das azeitonas sem adição de nenhum produto químico. O azeite extravirgem é obtido dessa mesma forma, mas deve ter acidez inferior a 1%. Também vale mencionar que o extravirgem é mais sensível ao calor, quando comparado às demais variedades. Na hora de escolher, os principais pontos a serem considerados são o tipo de preparo (para cozinhar ou temperar) e o sabor que mais agrada. Há também quem goste de verificar a origem de produção”.

4. Qual a melhor forma de inserir o azeite na alimentação?

Renata: “A melhor maneira é usar no preparo de alimentos e no tempero de saladas. Também pode ser usado para regar carnes já prontas e massas. Outra opção, muito comum em países europeus é regar pães com o azeite imediatamente antes do consumo. Dessa forma, conseguimos obter o sabor e aproveitar todos os benefícios do tempero”.

5. É verdade que aquecer o azeite pode ser prejudicial para a saúde?

Renata: “Aquecer o azeite em altas temperaturas pode fazer com que ele produza uma substância chamada acroleína, que é irritante ao estômago. Isso acontece quando o azeite atinge temperatura suficiente para produzir uma fumaça esbranquiçada (o que chamamos de ponto de fumaça). Se o azeite for aquecido apenas para refogar algum tempero ou for utilizado para regar alguma preparação que será assada, dificilmente chegará a essa temperatura em que ele “queima”. Ainda assim, uma sugestão para esses preparos quentes seria usar o azeite virgem (e não o extra- virgem), que é mais resistente à temperatura. É importante ressaltar que o azeite não é uma boa opção para o preparo de alimentos fritos sob imersão, como parmegiana, pastel e outros pratos em que o alimento é mergulhado na gordura fervendo”.

6. O azeite engorda? Podemos consumi-lo à vontade?

Renata: “O azeite engorda se for consumido em excesso, já que é uma gordura, ainda que boa. Todo alimento fonte de gordura será bastante calórico e deverá ser consumido com moderação. Não existe uma quantidade padrão indicada para cada pessoa. Pode ser consumido diariamente, desde que o suficiente para o preparo ou tempero dos alimentos. Dessa forma, não fará mal à saúde”.

Agora que você já sabe como inserir o azeite de maneira saudável na sua alimentação, confira as receitas selecionadas pela nutricionista.

MOLHO PESTO

2 xícaras de folhas de manjericão fresco

1/2 xícara de nozes picadas

1 xícara de queijo parmesão ralado

2 dentes de alho picados

1 1/2 xícara de azeite

Sal a gosto

Preparo: Bata tudo no liquidificador ou mixer. Use para temperar saladas, acompanhando pães e torradas ou massas.

AZEITE AROMATIZADO

100 ml de azeite extravirgem

1 dente de alho

1 ramo de alecrim

1 ramo de tomilho

1 pimenta dedo de moça fatiada

Preparo: 1) Coloque o azeite em um recipiente de vidro que possa ser bem fechado.

2) Acrescente os temperos no azeite.

3) Deixe descasando por pelo menos cinco dias antes de consumir.

Use no preparo de receitas e para temperar saladas.

“MANTEIGA” DE AZEITE

Azeite extravirgem

Manjericão a gosto (ou ervas de sua preferência)

Preparo: 1) Separe uma forma de gelo.

2) Cubra o fundo de cada espaço da forma de gelo com uma folha de manjericão.

3) Acrescente o azeite, colocando mais uma folha no meio de cada espaço.

4) Leve ao freezer e consuma em até 30 dias.

Use em pães e torradas ou no preparo de receitas.

Delson Carlos

Delson Carlos - Formado em Marketing pela UniCambury e pós-graduado em Comunicação Digital. Assessor de imprensa e começou a sua carreira como colunista social nos jornais: A Hora, Jornal da Imprensa, Jornal Diário do Estado de Goiás, e a quase duas décadas está a frente da coluna social “Delson Carlos” do Jornal Diário de Aparecida e editor da Revista Class e do Portal Class News.

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