Saúde

Cirurgia plástica: Quando posso operar após vacinar da Covid-19?

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O médico Fernando de Nápole fala sobre os riscos de uma cirurgia plástica após ser infectado pelo novo Coronavírus e quais cuidados tomar para ter sucesso no procedimento

Um procedimento cirúrgico/anestésico envolve uma série de preparativos, como o jejum e a avaliação médica, para garantir a segurança do paciente. Assim como uma febre ou uma virose podem levar ao cancelamento de uma cirurgia agendada, a vacinação alguns dias antes do procedimento também pode ser motivo para adiá-lo.

Uma das razões é a resposta inflamatória sistêmica que ocorre após a aplicação de uma vacina, que pode dificultar a interpretação de febre e outros sintomas, podendo ser confundida com complicações pós-operatórias. Além disso, existe possibilidade de redução da eficácia de vacinas aplicadas próximas à data do procedimento.

Mesmo não havendo registro de complicações anestésicas ou cirúrgicas graves, devido aos potenciais riscos recomenda-se um intervalo mínimo entre a aplicação da vacina e a realização de um procedimento.

A decisão de cancelar ou adiar a cirurgia devido à vacinação será tomada de forma conjunta entre cirurgião e anestesista, considerando os potenciais riscos e benefícios.

Cirurgia plástica X vacina do Covid-19

Segundo o médico cirurgião plástico Fernando de Nápole, as cirurgias eletivas devem ser adiadas uma semana após a vacina com vírus inativado (CORONAVAC) e três semanas após as vacinas vivas (OXFORD / ASTRAZENECA).

Questionado sobre quais os riscos pode se ter em uma cirurgia plástica após ser infectado pelo novo Coronavírus, o drº Fernando explica que caso os exames de provas inflamatórias estejam altos e/ou a dosagem de produtos de degradação da fibrina, estarão aumentados existe o risco de trombose, acidente vascular cerebral, infarto, entre outras doenças.

Quando posso operar caso tenha pegado Coronavírus?
O momento da cirurgia eletiva após a recuperação do COVID-19 utiliza categorias baseadas em sintomas e gravidade.Temos de espera sugerida a partir da data do diagnóstico do COVID-19 até a cirurgia:

·         4 semanas: Paciente assintomático ou recuperação apenas de sintomas leves não respiratórios.

·         6 semanas: Paciente sintomático (por exemplo; tosse e dispneia) que não necessitou de hospitalização.

·         8 – 10 semanas: Paciente sintomático diabético imunocomprometido ou hospitalizado.

·         12 semanas: Paciente que foi internado em uma unidade de terapia intensiva devido à infecção por COVID-19.

Quais cuidados tomar para ter sucesso em minha cirurgia?

·         Além dos exames habituais, dosagem do dímero, proteína C reativa e liberação formal do pneumologista para a sua cirurgia plástica. Além disso, deverá ser assintomático do ponto de vista clínico.

·         A cirurgia deve ser realizada em Hospital que adotou práticas de segurança para COVID. Incluem a realização do RT PCR (teste do cotonete) no paciente e seu acompanhante em até cinco dias antes da cirurgia.

·         A equipe cirúrgica deve estar devidamente VACINADA e obedecendo as precauções básicas contra o contágio. Uso de máscara N-95 é mandatório durante o ato cirúrgico e procedimentos no pós operatório.

Deve-se evitar ao máximo as visitas hospitalares e domiciliares. Ao paciente, o uso constante de máscara apropriada e higiene com água e sabão, assim como o uso do álcool a 70%.

Delson Carlos

Delson Carlos - Formado em Marketing pela UniCambury e pós-graduado em Comunicação Digital. Assessor de imprensa e começou a sua carreira como colunista social nos jornais: A Hora, Jornal da Imprensa, Jornal Diário do Estado de Goiás, e a quase duas décadas está a frente da coluna social “Delson Carlos” do Jornal Diário de Aparecida e editor da Revista Class e do Portal Class News.

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