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Fonte: Paulo Nicolli Ramirez, cientista político e professor de sociologia na ESPM
O novo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva se caracteriza pelo múltiplo protagonismo de lideranças políticas a partir da composição dos seus ministérios. O presidente comprometeu-se a não se candidatar à presidência em 2026. O gesto pode significar que Lula está abrindo espaço para o surgimento ou fortalecimento de novas lideranças nacionais. É o que indica o cientista político e professor de Sociologia da ESPM Paulo Nicolli Ramirez.
Segundo Ramirez, o primeiro objetivo dessa estratégia é impedir o retorno da extrema-direita ao poder no futuro próximo. “O segundo ponto será estabelecer as bases ou ações lapidares civilizatórias e de desenvolvimento para o Brasil no restante da década e que poderá ter impacto ara o país deixar de ser periférico nos âmbitos políticos e econômicos”, diz.
O especialista comenta que é possível supor quais serão as diretrizes do novo governo a partir dos ministros escolhidos. Para Ramirez, a escolha de Fernando Haddad, para o Ministério da Fazenda, expressa o viés desenvolvimentista, ou seja, com um maior papel do Estado como promotor do progresso social e econômico. Haddad seria a antítese da figura de Paulo Guedes, ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro, que adotava visão neoliberal na qual o mercado privado seria o grande agente de desenvolvimento.
O especialista está disponível para comentar o assunto.
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