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Medida busca garantir que Estado continue sendo um dos menos atingidos pelos efeitos do coronavírus no país

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O governador Ronaldo Caiado explicou em entrevista coletiva na última sexta-feira, 3 de abril, pontos do decreto 9.633 publicado hoje, que prorroga até dia 19 de abril a quarentena de prevenção ao aumento do contágio da população goiana contra o coronavírus

Em todo o mundo, mais de um milhão de pessoas foram infectados, com registro de mais de 50 mil mortes, números que crescem a todo momento. O vice-governador Lincoln Tejota acompanhou a coletiva e reforçou a importância das medidas para a segurança da população.

Na abertura, foi apresentado um estudo feito pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Secretaria Economia, Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Secretaria de Desenvolvimento e Inovação (Sedi) e Instituto Mauro Borges (IMB), com a demonstração do fator chamado Rzero, que condensa dados como densidade populacional, fatores culturais e dados de Covid19, para balizar como cada país, estado e cidade está em termos de risco.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento e Inovação, Adriano Rocha Lima, que fez a apresentação dos dados aos jornalistas, Goiás, por causa das medidas de isolamento social, está com fator 1,6. O ideal é o mais próximo possível de 1, segundo os estudiosos.  Uma outra forma de avaliação é por meio do rastreamento dos celulares das pessoas, o que permite calcular o índice de movimentação. “O mais seguro é estar acima de 50% de isolamento. Com o decreto de 18 de março, Goiás chegou a atingir 70% de isolamento, o que é bom, mas esse número vem caindo e em grandes cidades como Goiânia, que está com 56%. Cair mais é potencialmente perigoso para um aumento de contágio”, afirmou ele.

O governador Ronaldo Caiado conclamou a população a permanecer em isolamento social, tomando medidas de precaução como o uso de máscaras. “Os dados nos mostraram que Goiás está no estágio 1 desse risco, estamos conseguindo achatar a curva, como ficou demonstrado no estudo. Poderíamos estar sujeitos a atingir mais de 100 mil casos, com colapso total no sistema de saúde daqui a poucos dias se não prorrogarmos por mais 15 dias a quarentena”, disse ele.

O que pode funcionar

O decreto publicado hoje liberou funcionamento das feiras livres de hortifrutigranjeiros – que devem seguir regras sanitárias específicas -, escritórios de profissionais liberais sem atendimento presencial, cartórios, de acordo com as regras de funcionamento do Tribunal de Justiça, e atividades administrativas de instituições de ensino públicas e privadas, a partir de segunda-feira, 6 de abril. As escolas também devem seguir fechadas, com aulas online, até o dia 5 de maio. “O pico previsto da doença em 5 de maio, segundo já anunciado por órgãos internacionais, não representará impacto em Goiás visto que após 19 de abril, mantendo o isolamento até lá, vamos estar reduzindo o contágio pessoa a pessoa e, portanto, evitando no pico um grande número de infectados”, ainda explicou o governador.

Falta de insumos 

A grande quantidade de materiais e equipamentos comprada da China pelos Estados Unidos fez com que houvesse descumprimento contratual com o Brasil, que ficou desabastecido de equipamentos para hospitais e profissionais da saúde. Essa é uma das razões para a manutenção da quarentena, já que ainda faltam itens necessários ao funcionamento das unidades em Goiás. “Não há como flexibilizar as medidas sem termos a estrutura necessária para o atendimento das pessoas”, salientou.

Mesmo diante dessa situação, o Governo vai trabalhar para equipar os hospitais de campanha e preservar o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs) para os profissionais de saúde. Por isso, indústrias que fabricam esses produtos são exceção ao decreto e  estão autorizadas a funcionar. “Outro motivo da prorrogação é exatamente não expor os profissionais de saúde, com suprimento de EPI comprometido pela alta demanda mundial, a um altíssimo risco de contaminação e adoecimento”, acrescentou.

O decreto é o documento final e oficial das normas a serem seguidas e a decisão, como frisou o governador Ronaldo Caiado, segue as recomendações do Ministério da Saúde. Outras notas técnicas são inferiores ao teor do decreto e apenas o embasam. Ele disse não acreditar que empresários possam descumprir as normas, colocando em risco suas famílias e funcionários, e conclamou o setor produtivo a se unir, mediante os esforços que o governo estadual tem feito, para obter linhas de crédito e financiamentos específicos para o empresariado e ainda, na busca de medidas sociais mitigadoras do impacto econômico. Além disso, Caiado solicitou que indústrias que tenham capacidade para alterar, momentaneamente, suas linhas de produção, que o façam para auxiliar na fabricação de equipamentos necessários à prevenção e ao tratamento da Covid-19.

Déficit financeiro

A previsão na queda da arrecadação do estado também foi abordada pelo governador, que estima déficit de R$ 4,6 bi nos próximos nove meses. Para fazer frente à redução, os poderes foram incumbidos de apresentarem propostas de corte de gastos em reunião marcada para o dia 9.

O recado final do governador contemplou o papel fundamental da imprensa para conscientizar a população e mantê-la bem informada. Ele agradeceu a todos os veículos de comunicação e aos profissionais pelo importante apoio. “Estamos base

Delson Carlos

Delson Carlos - Formado em Marketing pela UniCambury e pós-graduado em Comunicação Digital. Assessor de imprensa e começou a sua carreira como colunista social nos jornais: A Hora, Jornal da Imprensa, Jornal Diário do Estado de Goiás, e a quase duas décadas está a frente da coluna social “Delson Carlos” do Jornal Diário de Aparecida e editor da Revista Class e do Portal Class News.

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