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Cultura e solidariedade são mote de campanha em prol do Araújo Jorge

Class News

Lenda indígena comum no norte do País, mas ainda pouco conhecida em outras regiões, é tema de enredo de HQ que será vendido nas 180 lojas da Fast Açaí distribuídas por todo Brasil.  A renda será revertida para área de pediatria do Hospital

 

 

Uma parceria entre a Fast Açaí e a Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG) vai possibilitar que toda a venda do gibi “A Lenda do Açaí”, lançado especialmente pela rede de franquias goiana para a campanha Natal Solidário, na última sexta-feira (14), sejam destinadas para o Hospital Araújo Jorge, mais especificamente para a ala de pediatria. Quem revela o destino da doação é a médica pediatra oncológica e tesoureira geral da ACCG, Elecy Messias. “Os insumos são produtos que precisam ser trocados constantemente e doações, fruto deste tipo de parceria, são fundamentais para manter o equilíbrio do estoque e manter o balanço, sem afetar o serviço oferecido aos pacientes”, declara, ressaltando que o açaí está associado a um grupo de alimentos saudáveis que resultam em bem-estar e qualidade de vida.

Serão 10 mil exemplares de gibis comercializados nas 180 lojas da rede espalhadas por Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Maranhão, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e Distrito Federal. As vendas iniciam a partir de 15 de dezembro de 2018 e seguem até 31 de janeiro de 2019. Cada exemplar será comercializado a um valor simbólico de R$ 3,50.

Para o sócio e diretor de Recursos Humanos da Fast Açaí, Pedro Rosa Lima, que participa pela terceira vez de uma ação em prol do Hospital Araújo Jorge, agir de forma solidária e ao mesmo tempo tornar conhecida a lenda folclórica da índia Iaçã, de onde surgiu o nome açaí (Iaçã lido ao contrário) “é um grande passo, uma vez que dissemina a cultura nortista em outras regiões do País”. Tanto que os próprios parceiros não tinham conhecimento da lenda popular do Estado do Pará, maior produtor do fruto roxo. A mesma ideia é compartilhada pelo diretor industrial da rede, Harlen Alves, que afirma: “Sem um propósito, de nada adianta abraçar uma causa”.

A vice-presidente da ACCG, Ângela Machado de Sá se disse honrada com a parceria, alegando que as ações desenvolvidas pela associação refletem em credibilidade. “Ações positivas geram resultados positivos, consequência disso, são iniciativas semelhantes a estas”, diz.

A lenda

Há muitos anos, na Floresta Amazônica, onde hoje está localizada a cidade de Belém do Pará, existia uma populosa nação indígena que não parava de crescer. Isso acarretou na escassez de alimentos. Para resolver o problema o líder dessa grande tribo, o cacique Itaki, tomou uma decisão drástica. Daquele momento em diante, para que não faltasse alimento aos mais velhos, as crianças que nascessem deveriam ser sacrificadas. E assim foi até que a filha do própria cacique, uma jovem chamada Iaçã engravidou e se viu diante da difícil tarefa de ter que sacrificar sua filhinha recém-nascida.

Após cumprir o que determinou o seu pai e cacique da tribo, a dor de não poder criar sua filha consumiu Iaçã, que chorava todas as noites de saudades. Depois de ficar vários dias enclausurada em sua oca, a jovem pediu ao deus Tupã para mostrar a seu pai uma forma de alimentar seu povo sem ter de sacrificar os pequeninos. Sensibilizado com a dor de Iaçã, Tupã decidiu mostrar outro caminho. Numa noite de lua cheia, a filha do cacique ouviu do lado de fora de sua oca o choro de uma criança. Ao averiguar ela viu sua filha junto à palmeira e foi abraçá-la. Instantes depois a criança desapareceu. Inconsolável, Iaçã chorou a noite inteira, até desfalecer.

No dia seguinte, o corpo de Iaçã foi encontrado abraçado ao tronco da palmeira. No rosto da índia, um semblante sereno, até mesmo feliz. Seus olhos negros fitavam o alto da palmeira, que estava repleta de pequenos frutos escuros. Interpretando o ocorrido como uma mensagem do deus Tupã, o cacique Itaki mandou apanhar os frutos roxos e com eles preparou um soco e mandou dar a todos na tribu. O alimento tinha um forte poder nutritivo e poderia alimentar toda a tribo por dias. Em homenagem a filha o cacique Itaki deu o nome dos frutos daquela palmeira de açaí, ou seja, o nome Iaçã escrito de trás para frente.

Sobre a Fast Açaí

Fundada em 2012, em Goiânia, a Fast Açaí é especializada no conceito “healthy fast food” (refeição rápida e saudável). A rede de franquias possui hoje mais de 180 franquias espalhadas por 12 estados brasileiros e no Distrito Federal. Em julho de 2016, a marca deu início a suas operações internacionais com a abertura da primeira loja nos Estados Unidos. Mais recentemente, em junho deste ano, chegou a cidade  em Luanda, capital de Angola, no continente Africano. Hoje são sete unidades no exterior.

Além do açaí natural, seu carro-chefe, a Fast Açaí oferece vários outros itens em seu cardápio, que sempre alia sabor a uma alimentação saudável e prática, como por exemplo, os wraps, os sanduíches naturais, o cupuaçu natural e o Power Shake, bebida energética ideal para consumo antes das atividades físicas.

Sobre a ACCG

A Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG) é uma instituição privada, filantrópica, sem fins lucrativos, fundada em 20 de janeiro de 1956. A ACCG mantém com recursos próprios e doações três unidades operacionais: o Hospital Araújo Jorge (HAJ), a Unidade Oncológica de Anápolis (UOA) e o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP). 90% da clientela é de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A estrutura organizacional da ACCG é integrada por um corpo de voluntários, formado por aproximadamente 300 pessoas, que atuam em atividades relacionadas ao acolhimento do paciente e de seus familiares.

A ACCG atende pacientes de Goiânia, do interior de Goiás e de outros estados do país. Realizou, em 2017, mais de 1 milhão e 100 mil procedimentos: consultas, internações, cirurgias, aplicações de doses de quimioterapia, sessões de radioterapia, dentre outros.

Delson Carlos

Delson Carlos - Formado em Marketing pela UniCambury e pós-graduado em Comunicação Digital. Assessor de imprensa e começou a sua carreira como colunista social nos jornais: A Hora, Jornal da Imprensa, Jornal Diário do Estado de Goiás, e a quase duas décadas está a frente da coluna social “Delson Carlos” do Jornal Diário de Aparecida e editor da Revista Class e do Portal Class News.

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