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Chegada do inverno e tempo seco aumentam as doenças respiratórias

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No Brasil já foram notificados mais de 64 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, em 2025

Com a chegada do inverno e a intensificação do tempo seco, o Hospital Santa Helena reforça o alerta sobre os cuidados com a saúde respiratória da população. As temperaturas mais baixas e o ar seco favorecem a disseminação de vírus causadores de infecções como gripe, resfriado comum, covid-19 — que ainda não está totalmente controlada — além de outras enfermidades como sinusite, rinite, asma e bronquite, cujas ocorrências aumentam significativamente nesta época do ano.

Segundo o pneumologista José Renan V. da Costa Júnior, diversos fatores tornam o inverno um período crítico para a saúde respiratória. “A combinação entre clima seco e frio reduz a eficiência das defesas naturais do organismo, especialmente dos cílios da mucosa respiratória, facilitando a ação de vírus e bactérias”, explica.

Entre os principais vírus respiratórios circulantes estão o Influenza (causador da gripe), o Vírus Sincicial Respiratório (importante causador de bronquiolite em crianças), Parainfluenza, Adenovírus e o próprio SARS-CoV-2, responsável pela covid-19. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil já foram notificados mais de 64 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, este ano.

Além dos efeitos fisiológicos do clima, os hábitos comportamentais adotados nessa estação também favorecem a propagação dos vírus. O confinamento em ambientes fechados e com pouca ventilação, comum durante o frio, especialmente em escolas, contribui para o aumento das transmissões, assim como o agravamento da poluição do ar.

Grupos de risco merecem atenção especial

De acordo com o Dr. José Renan, alguns grupos apresentam maior vulnerabilidade às infecções respiratórias e suas possíveis complicações. São eles: crianças menores de 2 anos, idosos, pessoas imunossuprimidas (como portadores do HIV) e aqueles com comorbidades, especialmente doenças pulmonares crônicas.

A principal forma de transmissão desses vírus é por gotículas respiratórias, liberadas quando a pessoa infectada tosse ou espirra. Por isso, medidas preventivas são essenciais para conter a disseminação.

Medidas de prevenção

A vacinação é, de longe, a principal forma de prevenção. Estão disponíveis imunizantes contra a Influenza, Covid-19 e Vírus Sincicial Respiratório, cada um com indicações específicas conforme a faixa etária e grupo de risco.

Também existem as medidas não farmacológicas como: Uso de máscaras por pessoas sintomáticas; Higienização frequente das mãos; Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar (etiqueta respiratória); manter os ambientes ventilados, com janelas e portas abertas sempre que possível; Uso de filtros HEPA e irradiação UV, especialmente em ambientes hospitalares.

A epidemiologia das infecções respiratórias é influenciada por diversos fatores como idade, clima, estado de saúde e intervenções em saúde pública. A prevenção eficaz depende da combinação entre vacinação, cuidados de higiene, controle ambiental e atenção médica adequada.

“Em casos específicos, como na infecção por Influenza, o tratamento precoce pode ser indicado, sempre sob orientação médica. A automedicação é contraindicada, pois pode provocar resistência aos medicamentos e gerar desabastecimento”, avalia o médico

O Hospital Santa Helena reforça que a conscientização e o cuidado coletivo são fundamentais para enfrentar os desafios respiratórios do inverno com segurança e saúde.

Delson Carlos

Delson Carlos - Formado em Marketing pela UniCambury e pós-graduado em Comunicação Digital. Assessor de imprensa e começou a sua carreira como colunista social nos jornais: A Hora, Jornal da Imprensa, Jornal Diário do Estado de Goiás, e a quase duas décadas está a frente da coluna social “Delson Carlos” do Jornal Diário de Aparecida e editor da Revista Class e do Portal Class News.

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