Adequação ao digital é o caminho para enfrentar a crise
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Debate virtual entre empresários goianos foi promovido pelo LIDE Goiás
Para os empresários goianos o mercado digital será uma das principais ferramentas para conseguir superar o colapso instalado pela pandemia do coronavirus no mundo. Alguns empreendedores filiados ao LIDE Goiás realizaram uma discussão virtual sobre os “impactos da crise por segmento e projeções para a retomada do crescimento” na noite da última quinta-feira (16).
Os profissionais também pontuaram a importância de criar um comitê de crise nas empresas, permitindo desenvolver ações bem pensadas, com planejamento e agilidade.
Para o presidente do LIDE Goiás, André Rocha, o digital mais do que nunca será o caminho. “Essa crise vai transformar as pessoas e as companhias. É preciso ter em mente que 2020 pode não ser um ano perdido. É importante que as empresas revejam os projetos e ações para planejar estratégias futuras. Mas certamente 2021 será o começo da recuperação”, pontua.
Participantes
Segundo o advogado Jacó Coelho, um dos participantes do debate, a empresa já tinha implementado o uso da tecnologia em sua rotina, inclusive o home office. “Com a atual situação, estamos ampliando esta categoria de trabalho. Hoje a equipe do escritório está 100% trabalhando de casa. Com a crise, revemos algumas estratégias e definimos que não teremos mais sedes físicas em nossas filiais. Tralharemos com coworking ou home office”, explica. Ele ainda pontua que o escritório criou um comitê de crise e enfrenta a atual situação com austeridade financeira. “Por enquanto vamos manter a equipe e não demitir nenhum colaborador”.
Outro debatedor foi Luciano Lacerda , da Totvs, a maior empresa de desenvolvimento de software de gestão do país que já tinha passado pela transformação digital antes do atual momento. Na análise do executivo, as firmas precisam ter agilidade para vencer os desafios. Para ele, o mundo vive momentos de insegurança para decidir novos investimentos, um exemplo é que alguns clientes estão preocupados em renegociar contratos nesta fase mais dura, mas seu time está preparado para entregar as soluções para cada um deles. “O caminho que temos traçado é buscar novas fontes de receita. Olhar pra frente. Parar de apagar incêndios e focar na busca de uma agenda positiva”, expõe.
Já Otaniel Martins , da Baker Tilly, pontua que o momento é de cooperação e que todos devem ajudar e ser ajudados. Para ele, as empresas precisam se preocupar com a crise, mas devem redobrar a atenção e se organizar para o pós. Martins ainda afirma que a tecnologia é um recurso utilizado atualmente para atender o cliente com máxima eficiência. “Estamos tirando lições todos os dias e tudo tem sido aprendizado. Seguimos com nosso atendimento focado na qualidade.”
Da área de incorporação, João Gabriel Tomé, da City Soluções Urbanas, observa que mercado da construção civil tem sido o mais afetado, mas a criatividade e atitudes têm feito a diferença para vencer os desafios. “As empresas que estão como uma governança de qualidade e bem estruturada vão passar por essa crise com menos dificuldades”.
A representante da O.M. Incorporação, Ana Flávia Canedo , revela que a companhia já enfrentou várias crises, mas essa é bem diferente porque afeta todos. “As empresas que já vinham em um caminhar digital estão sofrendo menos. E a O.M. Incorporação está neste caminho com a tecnologia nos ajudando a vencer as dificuldades. A venda on-line surge como a grande ferramenta para enfrentar os desafios impostos”.
Participaram do debate representantes de diversas áreas de atuação, todos filiados ao LIDE. O debate foi mediado pelo presidente do LIDE Goiás, André Rocha, além do executivo do LIDE Goiás, Cledistonio Júnior e o presidente do LIDE Futuro Goiás, Lucas D’Alcantara.