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Psicoterapeuta Jordana Ribeiro fala sobre como identificar uma pessoa com depressão, além de alertar sobre a prevenção para mulheres com Fibromialgia e ensina como viver sem dores e medicamentos, mesmo após o diagnóstico
O Setembro amarelo é a campanha que marca o mês dedicado à prevenção ao suicídio e no dia 10 é comemorado oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. No Brasil, ela é uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), da Associação Brasileira de Psiquiatria e do Conselho Federal de Medicina. Neste ano, o tema da campanha é “A vida é a melhor escolha”.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde – OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa e morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.
As taxas variam entre países, regiões e entre homens e mulheres. No Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio. As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil).
Desde 2003, o dia 10 de setembro é considerado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. A data foi criada pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio e pela Organização Mundial da Saúde para chamar a atenção de governos e da sociedade civil para a importância do assunto.
De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, foram registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.
Como identificar mulheres com fibromialgia que precisa de ajuda e corre o risco de suicídio?
Segundo a psicoterapeuta Jordana Ribeiro, fundadora do tratamento Fibromulheres, que ajuda as mulheres com fibromialgia a viverem sem dores, e sem o uso de medicações, “mais do que falar de estatísticas é mostrar formas de prevenção, acolhimento e trabalhar para aumentar essa rede de apoio para pessoas que tem esse risco de suicídio, pois elas não querem tirar a vida, e sim o sofrimento”, afirma.
A Fibromialgia é um exemplo de doença crônica que afeta a vida da pessoa como um todo devido a dores difusas no corpo. Por ser uma síndrome, essa dor está associada a outros sintomas, como fadiga, alterações do sono, distúrbios intestinais, depressão e ansiedade. Acomete 2% da população mundial e é mais frequente no público feminino.
“Pelo fato da doença desencadear dores difusas no corpo, em que a mulher sente dor da ponta do pé ao fio do cabelo gerando muito estresse, fadiga e insônia, há depressão e uma perca de expectativa na vida, aumentando o risco. Frases como ‘eu quero dormir e não acordar mais’, ‘quero me dopar de remedios’, ‘perdi a vontade de viver’, ‘quero sair do meu corpo de tanta dor’, são indicativos fortes de risco”, explica a psicoterapeuta.
O que não fazer?
A principal medida é não fazer com que o problema pareça uma bobagem ou algo trivial. Não tente diminuir a dor da pessoa, dizendo que as dores logo vai passar ou para ela ocupar a cabeça. Julgar, e apontar o dedo dizendo o que ela precisa fazer ao invés de acolher, pode prejudicar o processo.
Como ajudar?
● Conversar;
● Acompanhar;
● Acolher;
● Procurar ajuda profissional.
O Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma associação de utilidade pública federal, que presta um apoio emocional, voluntário e gratuito em prol da prevenção do suicídio. Qualquer pessoa que queira ou precise conversar pode acioná-los por chat, telefone, e-mail ou presencialmente. Tudo é realizado com profissionalismo, sigilo total e anonimato. Basta acessar o site do CVV ou ligar para o número 188.